Futuro do trabalho: o potencial humano como diferencial competitivo
O que você vai ler aqui:
- As tecnologias apoiando as companhias na missão de impulsionar o potencial das pessoas
- Highlights da pesquisa Competências e habilidades para o profissional do futuro
- Como preparar o seu time
A evolução veloz das novas tecnologias e a crescente disponibilidade de ferramentas acessíveis vêm igualando a passos largos a capacidade das companhias de diferentes tamanhos e setores de inovar. Isso faz com que as marcas sejam constantemente provocadas a criar soluções ainda mais incríveis, melhorando as experiências para seus consumidores constantemente.
O desafio que, há pouco tempo, era o de ter as melhores tecnologias disponíveis e a maior quantidade de dados possível, passou a ser fazer o melhor uso das ferramentas e informações que se têm nas mãos.
E, aqui, entra o paradoxo do momento: na era do digital, a tecnologia passa ao segundo plano, e a chave para o sucesso das companhias são as pessoas. As ferramentas e soluções tecnológicas são apenas facilitadores para impulsionar o potencial humano. As máquinas cada vez mais assumem tarefas simples e operacionais, trazendo ganhos substanciais em agilidade e precisão, liberando as pessoas para usar o poder único da criatividade, de empreender, de se arriscar e experimentar.
Cesar Gon, CEO da CI&T
Com isso, de forma veloz, o mercado se move: profissões surgem, enquanto outras desaparecem. O relatório Future of Jobs 2018, apresentado no último Fórum Econômico Mundial, mostra os dados em nível global: até 2022, 75 milhões de empregos sofrerão mudanças drásticas, e as funções realizadas hoje apenas por humanos serão divididas com máquinas e algoritmos. Em contrapartida, 133 milhões de novos empregos serão criados e ganham destaque no mercado, sobretudo, as habilidades em pensamento analítico, capacidade de aprender, criatividade, originalidade e iniciativa.
Ou seja, em um mundo de possibilidades do Advanced Analytics, o valor será gerado pelo conhecimento, pela forma inusitada de criar conexões, de ter insights. Nunca se falou tanto na importância do humano para analisar dados, contextualizar informações e criar o novo. Sem profissionais preparados para tirar o melhor proveito das tecnologias, não adiantará ter os mais avançados sistemas com Inteligência Artificial, Machine Learning, robótica, impressoras 3D, sensores conectados, softwares na nuvem e funções de Realidade Virtual ou Realidade Aumentada.
Mas a companhia que entregar essas ferramentas nas mãos de equipes capazes de utilizá-las de forma efetiva e elaborar estratégias com foco no consumidor terá como resultado a criação de experiências memoráveis e a geração de impactos de negócio de forma veloz e contínua.
Que profissional é esse que reúne capacidades técnicas, habilidades estratégicas, mindset de experimentação e criatividade? Para Eveline Zanotti, Senior Employee Experience Manager da CI&T, o profissional do futuro não precisa reunir todas essas competências de uma vez, mas deve estar aberto a aprender, a se renovar, a se arriscar e a estabelecer uma conexão com a companhia por propósito. Segundo ela, é essa conexão real com a companhia que vai gerar a força motivadora para que o profissional se transforme continuamente para enfrentar os desafios sempre novos do digital.
Eveline Zanotti
Os profissionais do futuro
Para entender melhor como se desenha esse perfil no mercado brasileiro e como as companhias podem apoiar o desenvolvimento dessas características nas suas pessoas, a CI&T, em parceria com a Opinion Box, realizou o estudo Competências e habilidades para o profissional do futuro, no último mês de dezembro. A pesquisa, que ouviu 1.182 executivos de grandes empresas dos mais diversos setores da economia por meio de um extenso questionário online também aponta algumas soft skills como principais capacidades a serem adquiridas e aprimoradas. São elas: inteligência emocional, criatividade e habilidade para tomar decisões.
Já a proatividade, o respeito e a boa comunicação se destacam quando a questão é sobre os requisitos mais importantes para líderes e não líderes na era digital.
Além das soft skills já citadas, a necessidade de ampliar os conhecimentos em digital e entender as capacidades da tecnologia também aparece com força nos resultados do estudo, tendo sido apontada como "muito importante" pela maioria dos respondentes. Isso mostra que os executivos - dos mais diversos níveis hierárquicos - já visualizam com clareza o grande desafio que têm pela frente: o de absorver um conjunto de habilidades e características bem variado.
Cerca de 73% dos executivos ouvidos no estudo afirmam que a principal motivação para aprender novas competências técnicas é a consciência da necessidade de atualizar-se para não perder oportunidades para a concorrência. E 83% acreditam que os cursos formais são a base para adquirir esses novos conhecimentos, seguido de palestras (67,9%) e eventos (59,9%). Isso leva a uma crescente demanda por rápida especialização em novas tecnologias, especialmente pelo formato de cursos online para uma capacitação mais ágil. Segundo o estudo, 40% dos profissionais costumam fazer cursos rápidos para se desenvolver profissionalmente, e 63,5% investem recursos próprios para isso.
Como preparar seu time
Pelo lado das empresas, o desafio é preparar-se para alavancar o potencial de suas pessoas por meio de um olhar voltado para o estímulo ao aprendizado constante, à experimentação, à colaboração e ao bom aproveitamento de suas capacidades. O caminho para isso passa por estabelecer novas práticas de gestão e operação e modificar a experiência.
Cesar Gon
Nesse cenário, a área de pessoas assume um papel estratégico para a companhia e passa a trabalhar lado a lado com negócios no desenho da nova operação. A ela cabe modificar os processos para que a empresa se adapte à essa nova realidade, desde a criação de programas de qualificação ad hoc orientados à inovação e aos objetivos do negócio, passando por mudança de modelos de incentivo, de remuneração, processos de avaliação de desempenho e desenho de metas com o uso de KPIs que incentivem a colaboração e a inovação.
Sobre temas como remuneração e incentivos, o estudo não traz surpresas: bom salário e benefícios são os pontos mais valorizados em uma vaga de trabalho. Porém, comparativamente, salário tem peso maior para não líderes, já para líderes, destacam-se a possibilidade de trabalhar em um formato home-office, parcial ou integralmente, e as oportunidades fora do País.
Quer saber mais sobre características que se desenham nos profissionais de sucesso no novo mercado? Os dados levantados na nossa pesquisa foram compilados e analisados para a elaboração do estudo apresentado no nosso whitepaper Competências e habilidades para o profissional do futuro. Nele, além dos resultados objetivos, você vai encontrar insights para direcionar o seu desenvolvimento profissional e destravar o potencial de seus colaboradores, impulsionando a evolução de sua companhia.
Acesse a pesquisa Competências e habilidades para o profissional do futuro.